Segunda à Quinta: das 12h30 ás 18hrs Sexta: das 08h00 às 13h30          Estrada RS 699 , 484, Vila América          (53) 3265-1118 / (53) 99920-6480

História

Gentílico: chuiense

Histórico

Chuí – Breve Histórico

Na fronteira com o Uruguai, na margem esquerda do Arroio Chuí, está localizada a cidade mais ao sul do Brasil. Embora tenha sido emancipada do Município de Santa Vitória do Palmar apenas em 1995, sua história tem início nos primórdios da civilização ibérica no continente sul-americano. Suas terras localizam-se no centro da área disputada por Espanha e Portugal nos séculos XVIII e XIX.

Portugal queria explorar o comércio do gado espalhado por toda a região platina por jesuítas e autoridades coloniais de Buenos Aires. A Espanha queria manter as disposições do Tratado de Tordesilhas (1494).

Em 1680, os portugueses avançam e fundam a Colônia do Sacramento no Estuário do Prata, em frente à Buenos Aires, o que só intensifica o conflito. Em 1737, fundam Rio Grande na Barra da Laguna dos Patos, de onde pretendem proteger Sacramento e garantir a continuidade do contrabando de gado.

Preparando a chegada do Brigadeiro José da Silva Paes, o desbravador Cristóvão Pereira de Abreu, comerciante de gado e bom conhecedor da região, montou um posto militar avançado às margens do Arroio Chuí. Todo o povoamento futuro destas paragens aconteceu em torno daquele quartel.

Na tentativa de diminuir as operações de guerra, após a destruição de Colônia pelos espanhóis em 1777, o Tratado de Santo Ildefonso, assinado no mesmo ano pelas duas metrópoles ibéricas, estabelecia que entre o Taim e o Arroio Chuí as terras não poderiam ser ocupadas por ninguém ? seriam os Campos Neutrais. Portugal jamais respeitou este Tratado e foi, aos poucos, concedendo sesmarias aos oficiais de seu exército nos ditos Campos Neutrais.

No século XIX, já com as Províncias Espanholas do Prata lutando por emancipação política e a Família Real Portuguesa no Rio de Janeiro, a Banda Oriental do Uruguai é ocupada pelo exército português e transformada em Província Cisplatina pertencente ao Brasil (1821). Depois de sangrenta guerra nesta região fronteiriça, o Uruguai obteve o reconhecimento de sua independência por parte do Brasil e da Argentina (1828).

A situação das fronteiras permaneceu confusa até o Tratado Definitivo (1851) pelo qual o Uruguai reconheceu a incorporação dos Campos Neutrais (Taim ao Chuí) pelo Império Brasileiro. O trabalho de demarcação por parte do Brasil ficou a cargo do Marechal Soares de Andréa.

O povoado do Chuí, originado daquele posto militar de Cristóvão Pereira foi, ao longo do tempo e dos confrontos militares destruído e reconstruídos muitas vezes. Em 1872, quando a freguesia de Santa Vitória do Palmar foi elevada à categoria de Vila e emancipada do Município de Rio Grande, suas terras ficaram pertencendo ao novo município, criado oficialmente pela lei nº 945 de 15 de maio de 1874.

Pela situação de fronteira, de limite, e pela proximidade que irmana, o desenvolvimento econômico e cultural do Chuí brasileiro sempre esteve ligado ao Chuy uruguaio. A atividade principal de seu povo é o comércio e este povo é formado por uma mistura de etnias e nacionalidades que, juntos promoveram o crescimento regional durante todo o século XX, sendo por isso, contemplados com a emancipação municipal em 1995.

Fonte1959.

LESSA, Barbosa. Rio Grande do Sul, Prazer em Conhecê-lo. 3ª ed. Porto Alegre: Editora AGE, 2000. VIEIRA, Eurípedes Falcão. Rio Grande, Geografia Física, Humana e Econômica. 1ªed. Porto Alegre: Editora Sagra, 1983. MACHADO, Sônia. O Longo Amanhecer do Sul. 1ªed. Porto Alegre: Editora mercado Aberto, 2000. CESAR, Guilhermino. Primeiros Cronistas do Rio Grande do Sul. 3ªed. Porto Alegre: Editora da Universidade, 1998. PRADO, Daniel. Operariado e Meio Ambiente: Um Estudo sobre os Trabalhadores da Indústria de Rio Grande. 1ªed. Rio Grande: Editora FURG, 2001. QUEIROZ, Maria Luisa. A Vila de Rio Grande de São Pedro. 1ªed. Rio Grande: FURG, 1987. ENCICLOPÉDIA dos Municípios Brasileiros. Vol. XXXIV. Rio de Janeiro: Conselho Nacional de Geografia e Estatística.

Acessibilidade